The Scary Souls
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Terror em Waverly Hills Sanitarium(Conto)
Waverly Hills Sanitarium foi aberto em 1926 para o tratamento da tuberculose, conhecida também como “Morte Branca (White Death)”, durante a epidemia que vinha se espalhando com força total pelos Estados Unidos. Estima-se que mais de sessenta e quatro mil pessoas morreram nesse hospital, não somente de tuberculose, vários suicídios ocorreram por médicos, enfermeiras bem como os enfermos que não agüentavam o sofrimento (ou culpa). Mas isso é somente o começo da tragédia, Waverly Hills Sanitarium foi lugar para experiências terríveis e dolorosas na busca da cura da tuberculose, milhares de pessoas morreram durante essas experiências. Entre os procedimentos estavam a Pneumothorax que consiste in desinflar o pulmão para ajudar na cura ou Thoracoplasty, um procedimento muito doloroso que remove algumas costelas para que o pulmão tenha mais espaço para expandir, o problema era que com a grande demanda por anestésicos alguns pacientes eram operados às pressas sem o uso dos mesmos. Desses dois procedimentos somente 4% dos pacientes sobreviveram, porém dizem que houveram outras experiências não documentadas. Vestígios foram encontrados mas pela falta de interesse da policia tais experiências nunca foram comprovadas. Já nos anos 50 a tuberculose foi quase completamente erradicada e o sanatório foi fechado em 1961 para ser reaberto em 1962 como asilo para idosos com problemas mentais. Em 1982 o asilo foi fechado por abuso aos idosos.
Varias pessoas que visitaram o lugar estavam seguras de que tinham visto fantasmas e presenciaram portas batendo e gritos pelos corredores e quartos. O vigia que trabalhou no local durante seis meses depois do fechamento do asilo afirma que durante esse tempo sempre teve vontade de se matar:
“Eu fazia rondas pelo asilo e me sentia triste, olhava as janelas e queria saltar. Somente coisas ruins passavam pela minha cabeça e eu tinha vontade de fazer o mal.” – relatou.
A depressão tomou sua mente até que ele decidiu demitir-se, retomando o controle e a felicidade de sua vida logo após.
Sara Johnson, enfermeira do asilo presa em 1984 por torturar pacientes relatou que “as vozes me mandavam fazer”. Ela dizia que não queria machucar ninguém, mas tinha medo porque os supostos espíritos diziam que iriam matar ela e sua família se ela não obedecesse.
Em 1993 um grupo de quatro médiuns e dois estudantes da paranormalidade foram até o Waverly Hills Sanitarium para estudar os fenômenos que vinham acontecendo no lugar. Tom Ashe, Billie Mason, Charlie Stanley e Scott Mark eram os médiuns e David Price e Spencer Jackson os estudantes. Decidiram passar a noite somente com algumas lanternas, gravadores de voz e um pouco comida. Chegaram ao local às sete da noite e começaram a planificar a jornada noturna.
“Acho que deveríamos fazer grupos de dois e cada grupo fica em um andar diferente.” – disse David Price com voz excitada.
“Olha, eu e o Dr. Tom somos médiuns experientes e não precisamos de companhia. Eu pelo menos me concentro melhor quando estou só.” – respondeu Billie Mason.
“Concordo com você Billie, eu prefiro ir sozinho por que eu acho que a energia de outras pessoas atrapalha a minha conexão com os espíritos.” – confirmou Tom Ashe aos companheiros.
“Vamos fazer assim, Tom e Billie vão sozinhos, eu vou com David e Spencer vai com o Charlie. Estamos de acordo?” – disse Scott.
“Parece um bom plano, eu não quero ir sozinho.” - concordou Charlie.
“Eu coloquei as áreas do prédio mais interessantes no papel e picotei, cada grupo pega um papel dizendo a ala que vai passar a noite, achei que seria bom deixar o destino escolher a área que cada grupo vai.” – disse David.
Tom foi o primeiro a escolher um papel.
“Túnel dos mortos, interessante.” – disse Tom com ar desapontado, ele queria ir para o quinto andar pois sabia que era o lugar mais assombrado.
“Wow, estou com sorte Tom, tirei o quinto andar.” – disse Billie sorrindo para Tom.
“Minha vez.” – disse Spencer pegando um papel. “Ficamos com o quarto andar Charlie.” – completou lendo o papel.
“Então nos restou o térreo e o refeitório Scott.” – disse David mostrando o papel aos demais. “Vamos começar para não perder tempo, eu preciso de muito material para escrever a reportagem para a revista onde trabalho e fazer jus aos gastos da pesquisa.” – completou.
“Certo, mas antes de começar devemos fazer uma oração. Dêem as mãos e vamos formar um circulo.” – disse Tom pegando a mão de Billie.
Tom era o médium mais poderoso entre eles e vinha estudando espíritos desde os dez anos quando começou a ver e conversar com espíritos, dizia que ele vivia nos dois mundos ao mesmo tempo.<
“Por favor Deus, envie-nos bons espíritos para nos guiar e nos ajudar durante essa jornada. Proteja-nos daqueles que profanam Seu nome, guie-nos pelo caminho da luz e não nos deixe perder na escuridão.” – Orou Tom, abriu o olho para ver centenas de pontos de luz girando em torno do circulo feito pelos seis e sentiu-se tranqüilo.
“Ajustem seus relógios para mesma hora, são 7:22 pm, vamos nos encontrar aqui na entrada as 6:00 am em ponto.” – disse David.
Os seis soltaram as mãos e entraram no prédio abandonado. David e Scott que ficariam no térreo se separaram do grupo e andaram em direção a ala dos quartos. Os demais foram para as escadas. Tom desceu para o túnel dos mortos e os outros subiram para seus andares.
Em seguida são as gravações das fitas que cada grupo levou consigo.<
Tom Ashe – Túnel dos Mortos.
8:03 pm “O Túnel dos Mortos é um local muito famoso e muito assombrado também, ele foi construído inicialmente para que os empregados do hospital pudessem entrar e sair sem passarem pela portaria bem como transportar suprimentos para dentro, esse túnel vai do hospital até o trilho de trem que passa por perto. Quando muitas pessoas começaram a morrer e o túnel foi utilizado para transportar os corpos diretamente para os trilhos assim não baixavam a moral dos pacientes. Eu estou sentindo vibrações péssimas aqui, milhares de corpos passaram por esse túnel, eu posso sentir um tipo de fúria dos espíritos que viram seus corpos sendo empilhados para transporte, posso ver algumas pessoas gritando e chorando, médicos e enfermeiras continuam aqui trabalhando como se ainda estivessem vivos. Eu vou mediar um pouco e orar por eles.”
2:20 am “Depois de muita meditação pude me conectar com um espírito de uma mulher que morreu de tuberculose durante uma cirurgia mal sucedida. Ela não sabe que esta morta e não pode entender, me disse que esta esperando seu filho vir, eu disse que talvez ele não viesse, ela então se descontrolou, seu rosto perdeu a forma e tentou me atacar fisicamente, mas desapareceu logo após me chamar de mentiroso, eu não consegui trazer-la de volta.”
4:09 am “Eu estava dormindo, alguém me acordou tocando no meu ombro e me chamou pelo nome, quando olhei havia centenas de espíritos a minha volta, estavam me xingando, outros me mandando ir embora dizendo que era mais seguro, alguns sussurravam aos meus ouvidos tentando me controlar de alguma maneira, eu me concentrei e os afastei pelo método da meditação, alguns ainda estão aqui tentando me controlar ou possuir.”
5:35 am “Não estou mais agüentando, não me sinto seguro, meu corpo esta muito cansado e não consigo concentrar, alguns espíritos me dizem que eu nunca vou sair daqui vivo e que eu deveria me matar para evitar a dor que eles vão me causar. Vou sair do prédio o quanto antes.”
5:42 “Minha lanterna se apagou, a luz do meu relógio esta muito fraca e não consigo encontrar a saída, o túnel é por baixo da terra e não tem iluminação nenhuma, não estou enxergando por onde ando e de tempo em tempo algo me empurra violentamente e me faz girar e perder a direção para onde estava indo, não sinto tanto medo desde minha infância.”
Horário desconhecido: “Não sei que horas podem ser a luz do meu relógio não funciona, estou no escuro e perdido, não sei por quanto tempo estou andando, com sorte os outros estão vindo me procurar. Tem alguma coisa me empurrando, estão tentando me machucar.” (A voz de Tom fica longe do gravador, somente se escuta gritos e sussurros por um tempo, a voz de Tom ainda esta longe mas ele esta gritando e chorando). “MEU DEUS ME AJUDA, ENVIE-ME BONS ESPÍRITOS PARA ME GUIAR E ME AJUDAR DURANTE ESSA JORNADA. PROTEJA-ME DAQUELES QUE PROFANAM SEU NOME, GUIE-ME PELO CAMINHO DA LUZ E NÃO ME DEIXE PERDER NA ESCURIDÃO.” (Segundos depois a voz de Tom novamente se aproxima do gravador). “Esta tudo claro, espíritos de luz então me mostrando o caminho da saída, me cercaram e isso mantém as sombras longe de mim estou correndo o mais rápido que posso. Graças a Deus estou fora do túnel, posso ver a saída do prédio, minha jornada terminou, estou preocupado com meus amigos quem são muito inexperientes mas não vou atrás deles por agora.”
Spencer Jackson e Charlie Stanley – Quarto Andar.
8:34pm Spencer: “Eu, Spencer e Charlie estamos no quarto andar do prédio, onde foram reportadas varias aparições de todas as épocas, Charlie sentiu uma energia muito negativa em um dos quartos e vamos ficar por aqui por um tempo tentando fazer contato com espíritos.”
“Charlie esta em transe já faz uns 40 minutos e não responde aos meus chamados, ele esta com o olho revirado e sussurrando algumas palavras mas eu não entendo o que ele diz.”
Spencer: “Criança? Charlie você ta me escutando? Charlie? Você esta vendo uma criança? Você pode me dar a descrição dessa criança? Pergunte quem é ela e por que esta aqui. Charlie esta apontando para a porta, mas não vejo nada lá, vou sair do quarto e olhar lá fora pois estou escutando barulho de algo quicando no chão, estou vendo uma menina de uns cinco anos aproximadamente brincar com uma bola no corredor, vou tentar me aproximar e conversar com ela. Olá, você pode me dizer seu nome? (alguns segundos depois Spencer grita, e pelo barulho, seu corpo e o gravador caíram no chão).”
2:44am Charlie: “Eu encontrei o Spencer desmaiado no chão do corredor e o gravador junto a ele, pelo que escutei no gravador ele encontrou um espírito de uma menina. Ele não é médium e não esta preparado para ver o que certos espíritos tem pra mostrar, a energia aqui é muito maligna, muitos espíritos ruins vivem aqui e nunca se sabe o que pode encontrar. Vou ficar com Charlie aqui até ele acordar.”
4:09am Charlie: “O Spencer acordou minutos atrás, disse que ouviu uma voz o chamando pelo nome e afirma que foi Billie, estamos escutando alguns barulhos do quinto andar onde Billie esta. Spencer me disse que se assustou com a aparência da criança ela não tinha olhos e orelhas e perguntou se ele estava aqui para curar ela. Espíritos podem tomar a forma que querem, por isso temos que estar preparados para ver coisas horrendas. Por alguma razão as coisas nos últimos minutos tem ficado muito agressiva, estamos cercados por sombras, as portas e janelas estão abrindo e fechando, alguma coisa empurrou Spencer que esta aterrorizado. Nós vamos tentar prosseguir para uma área diferente nesse andar.”
4:32am Spencer: “As coisas estão um pouco mais calmas, nós estamos em um quarto grande onde Charlie diz que funcionava uma sala de cirurgia nos tempos da epidemia de tuberculose, esta será a ultima sala que vamos visitar, depois disso vamos embora.”
Charlie: “Eu estou vendo um jovem na mesa de cirurgia, estão operando o rapaz, ele esta aberto do tórax até o abdômen, seus braços e pernas estão amarradas à mesa ele esta gritando e tem muito sangue saindo da boca dele. Me parece que ele esta anestesiado, mas levemente, o sedativo não é muito forte. (Charlie começa a chorar) Ele esta sofrendo muito, posso sentir sua dor ele esta pedindo pra morrer, o médico esta removendo suas costelas, pela energia do médico e enfermeiras, eles estão muito angustiados. Sinto uma repulsa imensa, os espíritos que assombram esse hospital o querem destruir, estão revoltados por tudo que foi feito com eles. Um dos enfermeiros esta nos observando, ele me diz que sabe que esta morto mas se diverte vendo os espíritos sofrerem e disse que íamos nos juntar a eles em breve se eu fizer alguma tentativa de ajudar algum espírito a sair dali.”
5:20 am Charlie: “Vamos sair do prédio, acho que já tivemos provas suficientes de que este lugar é assombrado e nos sugaram toda a energia, preciso comer e descansar. Ainda vejo sombras andando e alguns espíritos. O espírito de um velho esta na porta de saída para as escadas, acho que não quer nos deixar sair, ele esta batendo a cabeça na porta repetidamente e esta sangrando. Vou me aproximar e abrir a porta. Spencer diz não ver ou escutar nada.” (Escuta-se um urro e Spencer no fundo acudindo o amigo, o ruído durou por alguns minutos).
Spencer: “Me parece que o Charlie foi atacado por um espírito, ele esta acordado mas disse que se sente muito franco e precisa descansar um pouco, a porta de saída para as escadas esta trancada, aparentemente não há chave, tentei arrombar mas a porta é de ferro e muito resistente, estamos sem refugio por agora.”
“O espírito que me atacou é de um senhor que morreu aqui um pouco antes do asilo ser fechado. Eu perguntei por que ele esta aqui e me disse que matou muita gente e que o prenderam aqui. Ele sugou um pouco da minha energia, mas consegui me livrar antes de um dano maior ser feito.
5:59 am Spencer: “Escutamos o Billie nos chamando e dizendo para ir embora, a porta da escada se abriu e já estamos no térreo, e entrada do prédio esta a minha frente, aparentemente somos os primeiros a sair. Fico imaginando onde o Billie esta porque se ele abriu a porta e nos chamou ele deveria estar aqui.”
9:55 pm David: Estamos tendo nosso primeiro contato espiritual, Scott esta conversando com uma mulher que era paciente do asilo mas ele disse que esta muito difícil conversar com ela pois ela não responde a suas perguntas.
Scott: Esta mulher esta muito perturbada, ela não é uma pessoa violenta, mas esta muito inquieta e não me deixa aproximar dela. A única coisa que me disse foi para ir embora e deixá-la em paz ou “eles” iriam acabar me internando aqui também. Eu perguntei a ela quem eram “eles”, ela sorriu e apontou para minha direção, quando eu olhei para trás eu vi uma sombra, era enorme e fazia movimentos bruscos pelo corredor, quando eu pedi para se mostrar e conversar comigo ela veio em direção a mulher e os dois desapareceram. Vamos continuar nossa busca na ala dos quartos, os espíritos mantêm uma conexão muito forte pelo quarto onde costumavam viver ou até mesmo morrer.
12:25 am Scott: Antes de ir para a parte dos quartos viemos até a cozinha e refeitório que eram mais próximos, tudo aqui esta muito quieto mas posso sentir espíritos aqui e até sinto cheiro de comida, por alguma razão eles não querem se mostrar ou conversar comigo. Eu consigo ver uma ou outra sombra aqui e ali, estou achando muito estranho, pois a maioria dos espíritos que vagam assim não sabem que estão mortos, portanto não há razão para esconder, isso significa que os espíritos que habitam essa parte estão consciente da morte. David, você anda muito calado.
David: Eu não estou me sentindo muito bem, minhas pernas estão muito fracas e mal consigo andar, parece que não descanso ha dias. O que é aquilo? Você viu?
Scott: Vi sim, que coisa horrível. Vamos lá, talvez ela fale conosco. Nós vimos uma senhora já muito velha muito pálida e meio acinzentada. Ela tinha corrente nos membros e sangue na boca. Nós vamos correr para a ala dos quartos à procura dela.
David: Eu estou com muito medo Scott, eu não sou médium e nunca vi um espírito assim, olha estou todo suado e meu coração esta por saltar pela garganta.
Scott: Eu tenho pouca experiência, mas nunca um espírito tentou me machucar, não precisa ficar com medo. Vamos, estou sentindo uma energia muito forte vinda do lado onde ela apareceu.
David: Pra lá é a área dos quartos. Eu acho melhor cancelarmos a busca, eu estou me sentindo muito cansado.<
Scott: Você não disse que precisa de muito material para a revista onde trabalha, vamos lá.
3:01 am Scott: Estamos na área dos quartos, a principio não pude ver nenhum espíritos mas depois de um pouco de meditação me conectei com vários espíritos de pessoas que morreram aqui. Muitos não sabem que estão mortos e muitos sabem, mas querem deixar o lugar. Em um dos quartos nós encontramos a senhora de idade que vimos na cozinha, ela morreu muito velha, quando eu entrei nesse quarto senti um cheiro muito forte de urina e sangue, era como se estivesse fresco. Aparentemente ela estava acorrentada na cama quando morreu e por dias estava deitada em sua própria urina, pelo que eu posso ver o sangue vem dos braços e pernas por onde esta amarrada e também pela boca, pois um pouco antes da morte ela arrancou sua própria língua com os dentes. A alma dela esta muito atormentada e angustiada. Na hora de sua morte estava sozinha e somente depois de um dia foram descobri-la morta. Quando me viu pediu para não punir-la por ter saído do quarto. Eu tentei instruí-la para que ela possa se libertar, mas alguma coisa entrou no quarto e ela desapareceu. O David sentou em um canto ali e esta dormindo, eu estou achando que os espíritos estão lhe sugando a energia, eu estou me sentindo inseguro, pois não tenho muita experiência com lugares como este.
4:09 am Scott: Nos últimos minutos coisas muito estranhas tem acontecido, portas e janelas estão abrindo e fechando e estou vendo vultos por todos os lados. Eu acho que escutei o Billie em algum lugar, ou pelo menos parecia a voz dele. Eu já tentei acordar o David varias vezes, mas ele não responde, estou preocupado com ele, muitas pessoas são mais sensíveis e por serem despreparadas os espíritos se aproveitam para tomar conta, vou tentar de novo, precisamos sair do prédio o quanto antes. David, acorda, precisamos ir embora, David... Finalmente ele acordou. E ai tudo bem? Ta mais descansado? David, você esta acordado? Alguma coisa ta errada, ele esta de pé e com o olho aberto, mas não responde ao que eu pergunto. O que você esta fazendo cara? Larga isso David, não chega perto de mim...
David: Mais almas para mim atormentar, não é bom?
Scott: Deixa o corpo do meu amigo em paz, sai do corpo dele ou...
David: Talvez, depois de te matar. (Escuta-se um estrondo e gritos. O grito de Scott é bem definido pela altura, barulhos de coisas batendo e arrastando pelo lugar tomam conta da gravação até que a voz de Scott aparece gritando com toda força dos seus pulmões).
>Scott: *Ecce Crucem Domini! Fugite partes adversae! Vicit Leo de tribu Juda, Radix David! Alleluia! Espírito maligno, você está banido e excomungado, volte para as sombras que é seu lugar de direito. Prepare-se para que a luz te atire de volta no abismo. (Os gritos ao redor ficaram mais altos, podia-se escutar homens mulheres e crianças, todos gritando em um coro de terror depois de alguns minutos tudo ficou silencioso novamente e a voz de Scott esta próxima do gravador). O David foi possuído por um espírito, ele pegou um pedaço de um vidro e me atacou, estou com um corte no meu ombro esquerdo, esta sangrando muito. Ele esta desmaiado, vou carregá-lo até o carro. A saída é muito longe daqui e com todo o entulho no caminho vai demorar para chegar lá. Um espírito de luz esta conversando comigo, disse para eu sair daqui rápido, pois o prédio esta tomado pelas trevas e não é seguro ficar aqui, ele vai tentar me proteger.
6:04 am Scott: Acabo de sair do prédio, Charlie e Spencer que já estavam aqui me ajudaram a colocar o David dentro do carro. Ele não se move, esta dormindo profundamente. Gritamos por Billie e Tom, mas ninguém respondeu. Vamos orar por eles, nesse momento é tudo que eu podemos fazer.
*Eis a cruz do Senhor! Fugi forças inimigas! Venceu o Leão de Judá, A raiz de David! Aleluia!
Billie Mason – Quinto andar
8:17 pm “Depois de alguns minutos de meditação consegui conversar com vários espíritos. Muitos estão confusos e não sabe que estão mortos, outros sabem, mas dizem que estão presos. Quando eu pergunto por que estão presos eles desaparecem ou são levados por uma sombra. Estou desconfiado que algum espírito muito ruim ou até mesmo um demônio os esteja aprisionando aqui. Vou continuar caminhando por ai e vou entrar no quarto 502 por ultimo, primeiro quero fazer uma investigação geral.”<
11:30 pm “Eu posso garantir, esse é um dos piores lugares que já visitei. A energia das pessoas que morreram aqui é muito, muito ruim. Alguma coisa ou melhor dizendo, entidade, conecta um espírito aos outros, é como se uma não poderia existir sem a outra. Eu continuo tentando encontrar informações mas sempre que chega a hora de responder algo acontece. A cada passo que eu dou, sinto a energia negativa aumentando, esta ficando mais difícil de seguir adiante, vou diretamente para o quarto 502 onde dizem que varias pessoas se mataram nesse quarto pulando da janela ou se enforcando.
2:42 am “Estou no quarto 502 e finalmente descobri o que prende os espíritos aqui. Uma mulher que trabalhou como enfermeira aqui durante alguns anos quando tratavam a tuberculose se conectou comigo, ela me levou a um sala onde supostamente era um centro cirúrgico. Ela me mostrou uma cena chocante. Enquanto os pacientes estavam abertos na mesa de cirurgia um dos médicos preparava um ritual de magia negra, disse que ele era muito poderoso e gostava de escravizar espíritos para seu próprio divertimento. O ritual deveria ser preparado com o paciente ainda vivo, depois do ritual feito o médico colocava um pequeno embrulho com talismãs dentro do corpo e estava feito, o espírito do futuro falecido estaria aprisionado ao prédio e submisso aos mandos dele. Essa enfermeira era sua ajudante que se arrependeu de ter ajudado em tais rituais e saltou da janela desse quarto, para a sua má sorte a queda não a matou instantaneamente e o medico diabólico a levou para seu centro cirúrgico para “salvar sua vida”, porém executou o ritual imediatamente atando seu espírito como fez com os demais. Ela sofre muito por não poder se salvar ou salvar os demais. Quando o hospital fechou o médico executou o ritual para si próprio e se jogou dessa janela, tomando o controle de seus escravos.
4:05 am Billie:“Desde que soube dos rituais eu comecei a meditar e orar pelos espíritos, eu tentei conectar-me ao espírito do médico que pelo que a enfermeira me disse, comanda o lugar mas não tive sucesso. A energia negativa aumenta a cada minuto posso sentir algo muito ruim aqui e...”
Voz masculina desconhecida: “Estava me procurando? Bem, aqui estou, estou feliz por você e seus amigos se juntarem a nós. Eu vim cuidar de você pessoalmente, sinta-se lisonjeado, e enquanto a seus amigos tenho outros cuidando deles.”
“Existe um caminho muito melhor do que o que você esta seguindo, deixe essas pessoas em paz, se arrependa do que você fez e você poderá ser salvo.”
Voz masculina desconhecida: “E você acha que eu quero? Você é um estúpido, se acha muito forte e experiente e não passa de uma criança brincando com as coisas que você não entende, mas não se preocupe, eu vou te ensinar melhor.”
Billie: “Não tem nada que você tem pra ensinar que eu quero aprender.”
Voz masculina desconhecida: “Olhe nos meus olhos, como são profundos e tristes, tenho acumulado neles a tristeza de todos que eu matei e aprisionei. Você esta sentindo toda essa tristeza não esta?”
“Não, não, por favor não.” (Billie estava chorando, escuta-se o barulho do gravador caindo no chão, algumas coisas se arrastando, alguns ruídos que não se pode definir bem e depois disso o silencio).
*O Reencontro*
Tom abriu a porta de saída e encontrou Scott encostado em um dos carros, ele sorriu para o amigo momentaneamente até ver a marca de sangue na camisa.
“O que aconteceu com você?” – Perguntou Tom.
Scott contou tudo a Tom, e os quatro conversaram sobre suas experiências de terror naquele pequeno pedaço de inferno.
“São quase sete horas e nada do Billie, vamos atrás deles.” – disse Tom.
“Vamos, Spencer você fica aqui cuidando do David, Scott eu sei que você esta ferido, mas precisamos de você lá dentro.” – explicou Charlie.
“Sem dúvida nenhuma, nós precisamos reunir nossas forças para sair com vida.” – completou Tom já andando em direção à entrada.
Os três entraram no prédio e subiram as escadas até o quinto andar. Tom ia liderando o caminho.
“Algo não esta bem, o Billie esta aqui em algum lugar, posso sentir sua presença, mas uma energia negativa envolve meus sentidos fazendo impossível definir a energia que Billie me manda.”
“Vamos até o quarto 502, se algo aconteceu aqui, provavelmente foi lá.” – respondeu Scott.
Minutos depois os três chegaram ao quarto, Scott foi o primeiro a entrar, Charlie e Tom correram ao escutar o grito de terror que Scott deu. Ao chegarem à porta entenderam porque seu amigo gritou. Billie estava morto, se matou enforcado. Ele se pendurou com trapos velhos que havia no lugar. Os três choraram pela perda do amigo e parceiro de aventuras espirituais.
“Eu sei que ele nunca iria fazer isso em sã consciência. Alguma coisa o fez matar.” – disse Charlie andando em volta do quarto.
“Essa coisa teria que ser muito forte, pois o Billie era um médium muito poderoso, porém eu não duvido. Eu presenciei coisas aqui que eu nunca vi em outro lugar.” – completou Scott pegando o gravador de Billie do chão.
“E vocês têm razão, agora não temos tempo para muitas explicações, vocês precisam nos ajudar a sair do prédio, ou serei prisioneiro desse lugar para sempre e talvez vocês também.”
Os três se assustaram ao ver o espírito de Billie e de uma enfermeira que até então eles não conheciam. De alguma forma eles se sentiram em perigo, pois sabiam que se ali existia uma entidade capaz de aprisionar espíritos, ela deveria ser muito forte e eles estavam cansados, com fome e mentalmente despreparados para qualquer outro tipo de aventura. Tom olhou pela janela, o sol estava nascendo, a luz que tocava seu rosto o fez lembrar que nada era impossível com fé e perseverança, e isso o animou.
“Olhem pela janela senhores, a luz esta conosco, lembrem-se que por mais forte que essa coisa seja sempre existirá algo mais forte do lado do bem. Tenho certeza que espíritos de luz iram nos ajudar a sair daqui.” – disse Tom emocionado.
De repente tudo ficou escuro, todos olharam pela janela e viram-se cercados, milhares de sombras rodeavam o prédio por fora como um tornado em fúria. Gritos de horror altos como o som de um trovão tomaram conta do lugar.
Todos saíram do quarto e começaram a andar em direção as escadas, os espíritos da enfermeira e de Billie os seguiam. Scott viu pela energia dos dois eles sentiam medo e imaginou o tipo de força maligna operava naquele lugar. Ainda estavam no corredor dos quartos quando escutaram uma voz que soava como um estrondo.
“Vocês nunca sairão com vida daqui com vida.”
O médico louco estava em frente ao grupo, impedindo-lhes a passagem, Tom deu um passo à frente e começou uma oração.
“Tom eu sei que você é forte e experiente, mas você não pode o enfrentar sozinho”. – sussurrou o espírito de Billie.
“Talvez não, mas nós juntos tenho certeza que sim, junte-se a mim.” – respondeu Tom.
“Você tem certeza? Seu corpo pode enfraquecer.” – perguntou Billie.
“Rápido antes que seja tarde demais.” – disse Tom.
Tom respirou fundo, o espírito de Billie entrou em seu corpo. Os demais puderam ver uma luz emanando da fusão dos dois. Tom foi andando em direção ao médico que estava sorrindo, pois estava se divertindo com a situação, ele fixou os olhos em Tom e começou a balbuciar alguma coisa. Por um instante Tom o encarou, parecia que estava sendo hipnotizado pelo homem.
“Poupe suas mentiras, seu ódio e sua maldade, pois hoje não mais fará o mal. Volte para inferno, onde espíritos baixos como o seu estão.” – disse Tom ao médico.
A expressão do médico já não era a mesma, estava furioso se esforçava para tomar conta do corpo de Tom. Ele continuava a pronunciar seu encanto, mas notou que não teria sucesso. Tom levantou suas mãos que irradiavam luz e o médico começou a gritar. Aos poucos o grupo notou que médico foi perdendo suas forças e começou a desaparecer.
“Vocês nunca vão me tirar desse lugar e nunca vão sair, talvez eu tenha perdido minha força temporariamente, mas meus milhares de escravos vão te matar.” – gritou o médico desaparecendo.
Centenas de vultos negros que estavam rodeando o prédio agora entravam pelas janelas em direção ao grupo. Todos se abraçaram em um circulo, a enfermeira ficou no meio dos três e em uma só voz pediram ajuda aos espíritos. Scott olhou para o lado, um vulto negro voava em sua direção, ele fechou o olho e orou uma vez mais e escutou vários gritos de dor e medo. Quando ele abriu o olho viu que agora não somente vultos negros mas também brancos ocupavam o lugar. Os vultos brancos colidam com as sombras que se aproximavam do grupo, Scott entendeu que ali estava sendo travada uma batalha por suas vidas e agradeceu aos espíritos por vir ajudá-los, ele sorriu para os demais.
“Estamos salvos, mas temos que correr.” – disse Scott já correndo para as escadas.
Eles alcançaram as escadas e começaram a descer. Charlie estava assustado e impressionado ao mesmo tempo com a batalha, pois em seu pouco tempo de experiência nunca pensou que algo assim pudesse ocorrer. Quando finalmente chegaram ao térreo olharam a saída e se animaram, porém a batalha entre as duas forças se intensificou.
“Eles não vão me deixar sair eu posso sentir.” – gritou a enfermeira em meio do tormento
Quando estavam alcançando a saída, um dos vultos negros alcançou Scott e o arrastou violentamente por onde era a antiga recepção. Vários espíritos de luz foram ao seu socorro, mas as sombras os impediam de chegar até ele. Já um pouco distante do grupo a sombra o soltou e o envolveu. Scott levantou suas mãos e gritou:
“EGO to order vos , vado tergum ut abyssus.”
A sombra fez um barulho ensurdecedor e desapareceu. Scott se levantou pode alcançar novamente o grupo que assistiu a cena com terror, mas foram impotentes de ajudá-lo. Todos saíram do prédio, menos a enfermeira que não podia passar da porta, ela se sentia incapaz de fazê-lo. Tom, ainda unido a Billie voltou para dentro do prédio, seus amigos tentaram impedi-lo, mas ele seguiu em frente. Ao entrar no prédio ele orou pela enfermeira e pediu sua libertação. Um espírito de luz se aproximou deles.
“Eu sinto que seu arrependimento é verdadeiro, e você terá sua chance de desfazer seus erros e recomeçar.” – disse o espírito à enfermeira com sua voz melódica.
“Rápido, use meu corpo e eu te levo para fora, tenho certeza que eu vou agüentar.” – ordenou Tom.
Sem pensar duas vezes ela o fez, entrou no corpo de Tom que em segundos estava do lado de fora. Eles olharam para dentro e viram que o prédio estava silencioso como a noite e não mais viam a batalha sendo travada.
Spencer correu ao encontro dos demais preocupado por não ver Billie. Tom caiu no chão de fraqueza, toda a batalha e dois espíritos ocupando seu corpo sugaram toda sua energia. Ele abriu os olhos para ver Billie e a enfermeira caminhando e desaparecendo em direção ao sol. E enquanto ao prédio, centenas de espíritos os observavam das janelas.
David saiu do carro ainda muito fraco e se juntou aos demais que contaram tudo o que aconteceu. Os cinco fizeram uma promessa de um dia voltar e libertar todos os espíritos aprisionados ali, mas isso já é uma outra história...
A Ilha das Bonecas Mortas
A ilha das bonecas Também conhecida como Ilha das Bonecas Mortas, é uma ilha no México, situada junto aos canais de Xochimilco. Diz a lenda que em 1951 uma garotinha deixou sua boneca cair no Lago Teshuilo e pulou para pegá-lo, morrendo afogada poucos momentos depois.
Tempos depois da morte da menina, os moradores começaram a ouvir o choro do espírito da garotinha. Julián Santana Barrera, um homem que se sentia muito perturbado com as aparições do fantasma,descobriu uma solução para afastá-lo: pendurar bonecas em todos os lugares possíveis.
A notícia correu rapidamente pelos moradores da ilha, e rapidamente todos começaram a colocar bonecas em suas casas também, transformando a ilha em um verdadeiro museu macabro. Coincidência ou não, Julián morreu anos depois, afogado no mesmo lago que a garotinha.
A ilha virou um ponto turístico, e todos os anos milhares de pessoas vão tirar fotos com as bonecas.
Tempos depois da morte da menina, os moradores começaram a ouvir o choro do espírito da garotinha. Julián Santana Barrera, um homem que se sentia muito perturbado com as aparições do fantasma,descobriu uma solução para afastá-lo: pendurar bonecas em todos os lugares possíveis.
A notícia correu rapidamente pelos moradores da ilha, e rapidamente todos começaram a colocar bonecas em suas casas também, transformando a ilha em um verdadeiro museu macabro. Coincidência ou não, Julián morreu anos depois, afogado no mesmo lago que a garotinha.
A ilha virou um ponto turístico, e todos os anos milhares de pessoas vão tirar fotos com as bonecas.
A Bruxa de Ferro
Diz a lenda que no final da década de 50, em uma pequena cidade havia um pequeno hospital que cuidava de crianças que tinham problemas nos ossos e com essas crianças trabalhava uma enfermeira que era muito estranha.
Um dia essa mesma enfermeira se apegou muito a uma das crianças que já não estava tão bem,ela estava ligada a alguns aparelhos e usava alguns aparelhos que sustentavam o peso de suas pernas e braços.
Um dia a enfermeira não aguentando mais ver o estado em que a criança se encontrava decidiu que colocaria um fim em sua vida,assim matou a criança desligando os aparelhos e logo em seguida como forma de manter a criança sempre por perto colocou os extensores que a criança usava em seus braços e pernas em seu próprio corpo,não aguentando a crueldade que havia cometido se suicidou se jogando dentro do poço que havia nos fundos do hospital.
Algum tempo depois o pequeno hospital foi encerrado e em seu lugar foi construído um orfanato,desde sua inauguração já havia relatos de estranhos acontecimentos, como sussurros e o barulho do que parecia ferro se arrastando pelo chão,mas nenhum adulto deu importância,imaginavam que eram apenas barulhos por causa da ala antiga do hospital encerrado.
Depois de algum tempo resolveram fechar o orfanato,restando apenas umas poucas crianças para serem transferidas,foi nesse momento que coisas bizarras começaram a acontecer,toda noite crianças ouviam barulhos metálicos e viam o vulto de uma mulher horrível caminhar pelo corredor da ala em que estavam.
Um dia uma das crianças quebrou a perna e essa dava gritos terríveis dizendo que a bruxa de ferro que tinha feito aquilo,mas os adultos não acreditaram imaginando que a criança havia caído da escada,deram o caso por encerrado e não falaram mais no assunto.
Uma noite uma das meninas entrou gritando no quarto acordando todas as crianças que saíram correndo pelos corredores do orfanato,algumas ficaram frente a frente com uma mulher horrível,toda deformada e com ferragens pelo corpo,ela aponta seu dedo imundo para as crianças dizendo que sugaria suas almas e depois as mataria, as crianças saíram gritando pelo corredor,até que encontraram com o zelador que não acreditava na criatura horrível que estava vendo.
Todos enfim conseguiram sair de dentro do orfanato,mas se deram conta de que faltava uma criança,mas ninguém tinha coragem de entrar novamente para saber o que tinha acontecido.
Passaram a noite fora do prédio e na manhã seguinte foram procurar a garotinha que havia sumido e para desespero de todos ela foi encontrada morta e com todo seu corpo retorcido,mas ainda agarrada ao seu ursinho.
Diz a lenda que desse dia em diante o fantasma dessa bruxa segue assombrando os orfanatos e quebrando os ossos das crianças para tentar colocar as ferragens em seus corpos.
O Quarto Assombrado
Hotel Assombrado
Meu pai e eu estávamos nos mudando da nossa velha casa, para ir morar em um apartamento ou hotel temporariamente ,em outra cidade, pois minha mãe havia morrido recentemente e ele decidiu colocar a casa à venda. Enquanto a casa não fosse vendida, nós não poderíamos ficar morando em um lugar fixo, pois o dinheiro da venda seria para comprar uma nova casa.
Após deixarmos a casa e deslocarmo-nos à outra cidade, meu pai e eu fomos à procura de um apartamento ou hotel para nos hospedarmos. Depois de algum tempo procurando, nós encontramos um lugar em que pudéssemos ficar. Era um hotel muito bonito e luxuoso, os quartos eram muito organizados, o único problema era o atendimento. Os que eram melhores atendidos eram os que pagavam mais pela hospedagem.
Meu pai e eu ficamos em um mesmo quarto, pois com todo o luxo do hotel não iria sair barato ficar em dois quartos separados. Então nós ficamos por lá, saíamos muito pouco, e com isso duas semanas passaram-se voando e a casa ainda não tinha sido vendida. Apesar do atendimento ruim, tudo estava indo muito bem, até que chegou um casal para se hospedar. No hotel tinham muitos quartos, eram bem grandes, mas por ser caro, só dois quartos estavam sendo ocupados, o que nós estávamos e outro vizinho.
O quarto em que nós estávamos era o um dos melhores do hotel, apesar de todos serem ótimos. Com a chegada desse casal, nós tivemos que mudar de quarto, pois o casal estava pagando mais do que a gente. Por essa razão, nós ficamos em um quarto que ficava de frente para o quarto do casal.
Até ai, ainda não tinha problema algum, tudo corria bem. Meu pai e eu sempre tivemos uma boa relação, não guardávamos segredos um do outro, sempre conversávamos sobre tudo, mas de repente, sem nenhum motivo aparente, ele se fechou comigo, quase não falava mais comigo, e isso começou a ficar muito estranho. Eu também comecei a perceber que ele não estava dormindo muito, a única coisa que ele fazia era ficar sentado e olhando pra mim, todo o tempo. Eu decidi perguntar a ele o motivo para ele estar agindo daquele jeito, mas a única coisa que ele me dizia era ''eu estou bem, não se preocupe''.
Entretanto, depois de mais uns dias, a situação estava piorando, o comportamento dele estava cada vez pior, ele começou a olhar para mim como se estivesse zangado, com raiva de mim, e mais adiante eu percebi que ele tinha parado totalmente de dormir. Quando eu ia dormir ele ficava acordado, sempre me olhando com um olhar de raiva, e quando eu acordava ele continuava do mesmo jeito.
Depois ele começou a ficar muito pálido, seus lábios e seus olhos estavam roxos, já estava se parecendo com um defunto. Outra coisa que eu notei era que tinha uma senhora que era faxineira do hotel que estava sempre olhando com um olhar desconfiado para o meu pai. No outro dia aconteceu uma coisa que eu nunca sequer imaginei que pudesse acontecer um dia. Eu estava assistindo televisão, e meu pai estava perto, ainda com o mesmo comportamento e com o mesmo olhar sobre mim, então ele levantou-se, pegou uma faca e tentou me matar.
Quando ele pegou a faca e vinha até a mim, e disse que ia me matar, eu rapidamente corri do quarto gritando por ajuda, ele continuou correndo atrás de mim até a porta de saída do hotel, quando ele chegou na porta, soltou a faca e caiu no chão. Eu voltei correndo para ver o que tinha acontecido, e quando eu cheguei ele estava morto. Eu não sabia o que fazer e nem entendi o que estava acontecendo. Foi quando a faxineira que sempre olhava o meu pai desconfiada chegou e me falou:
- Afaste-se dele menino, seu pai já está morto faz tempo!
- O que?! Como assim?! Ele acabou de cair no chão e morreu!
- Escute menino, aquele quarto que vocês estavam é assombrado. Há algum tempo atrás tinha uma mulher que morava naquele quarto. Ela gostava muito desse lugar, principalmente daquele cômodo. Ela sempre o elogiava muito, dizia várias vezes que era o único lugar em que podia ter algum sossego mental. Era o único lugar onde ela podia descansar após um longo dia de trabalho estressante. Ela dizia até que se tivesse dinheiro suficiente, compraria o quarto só para ela para nunca ter que se mudar. Ela realmente o amava. Ela também tinha um filho de três anos de idade, que passava o dia todo na creche, que ficava perto do seu trabalho, essas eram as duas coisas que ela mais amava seu filho e aquele lugar que ela tinha para descansar após o trabalho, que por sinal, era a coisa que ela mais odiava na vida. Ganhava pouco, apenas o suficiente para pagar o hotel, a creche do filho...apenas o básico. Certo dia ela recebeu uma ligação, sendo informada de que seu filho tinha morrido. Ela ficou muito triste, e logo após o enterro do filho, ela voltou para o quarto do hotel, olhou ao redor, e se matou. Antes do suicídio, ela deixou um bilhete em cima da cabeceira da cama dizendo ''Esse quarto sempre será meu'', e seu espírito ficou no quarto até hoje. O que aconteceu foi que o espírito da mulher possuiu o corpo do seu pai, e o matou logo em seguida, pois não queria ninguém no seu quarto. Provavelmente seu pai já está morto à semanas.
Depois de saber de tudo isso, eu fiquei horrorizado, fiquei com muito medo de ela querer me matar também, e só ai eu entendi o porque que'' o meu pai'' olhava para mim com tanta raiva. Eu rapidamente fui em direção a porta de saída daquele hotel com a intenção de nunca mais voltar, mas quando eu já estava saindo, a faxineira tocou no meu ombro, e quando eu virei, ela olhou para mim e disse ''agora é a sua vez'' e me esfaqueou no peito.
Diante dessa situação eu senti uma dor horrível e angustiante, minha visão escureceu completamente e do nada eu acordei, ainda na minha antiga casa, na minha cama, e então percebi que tudo aquilo não tinha passado de um sonho, ou melhor, de um pesadelo, e esse foi o pior que eu já tive. Assim que eu acordei, eu corri para a cozinha e senti uma alegria, e um alívio muito grande ao mesmo tempo, ao ver que minha mãe estava viva, e estava fazendo o café da manhã, e meu pai também estava vivo, me dizendo ''Bom dia'', e me olhando com um grande sorriso no rosto.
Mas...eu sentia que algo não estava certo.
Meu pai e eu estávamos nos mudando da nossa velha casa, para ir morar em um apartamento ou hotel temporariamente ,em outra cidade, pois minha mãe havia morrido recentemente e ele decidiu colocar a casa à venda. Enquanto a casa não fosse vendida, nós não poderíamos ficar morando em um lugar fixo, pois o dinheiro da venda seria para comprar uma nova casa.
Após deixarmos a casa e deslocarmo-nos à outra cidade, meu pai e eu fomos à procura de um apartamento ou hotel para nos hospedarmos. Depois de algum tempo procurando, nós encontramos um lugar em que pudéssemos ficar. Era um hotel muito bonito e luxuoso, os quartos eram muito organizados, o único problema era o atendimento. Os que eram melhores atendidos eram os que pagavam mais pela hospedagem.
Meu pai e eu ficamos em um mesmo quarto, pois com todo o luxo do hotel não iria sair barato ficar em dois quartos separados. Então nós ficamos por lá, saíamos muito pouco, e com isso duas semanas passaram-se voando e a casa ainda não tinha sido vendida. Apesar do atendimento ruim, tudo estava indo muito bem, até que chegou um casal para se hospedar. No hotel tinham muitos quartos, eram bem grandes, mas por ser caro, só dois quartos estavam sendo ocupados, o que nós estávamos e outro vizinho.
O quarto em que nós estávamos era o um dos melhores do hotel, apesar de todos serem ótimos. Com a chegada desse casal, nós tivemos que mudar de quarto, pois o casal estava pagando mais do que a gente. Por essa razão, nós ficamos em um quarto que ficava de frente para o quarto do casal.
Até ai, ainda não tinha problema algum, tudo corria bem. Meu pai e eu sempre tivemos uma boa relação, não guardávamos segredos um do outro, sempre conversávamos sobre tudo, mas de repente, sem nenhum motivo aparente, ele se fechou comigo, quase não falava mais comigo, e isso começou a ficar muito estranho. Eu também comecei a perceber que ele não estava dormindo muito, a única coisa que ele fazia era ficar sentado e olhando pra mim, todo o tempo. Eu decidi perguntar a ele o motivo para ele estar agindo daquele jeito, mas a única coisa que ele me dizia era ''eu estou bem, não se preocupe''.
Entretanto, depois de mais uns dias, a situação estava piorando, o comportamento dele estava cada vez pior, ele começou a olhar para mim como se estivesse zangado, com raiva de mim, e mais adiante eu percebi que ele tinha parado totalmente de dormir. Quando eu ia dormir ele ficava acordado, sempre me olhando com um olhar de raiva, e quando eu acordava ele continuava do mesmo jeito.
Depois ele começou a ficar muito pálido, seus lábios e seus olhos estavam roxos, já estava se parecendo com um defunto. Outra coisa que eu notei era que tinha uma senhora que era faxineira do hotel que estava sempre olhando com um olhar desconfiado para o meu pai. No outro dia aconteceu uma coisa que eu nunca sequer imaginei que pudesse acontecer um dia. Eu estava assistindo televisão, e meu pai estava perto, ainda com o mesmo comportamento e com o mesmo olhar sobre mim, então ele levantou-se, pegou uma faca e tentou me matar.
Quando ele pegou a faca e vinha até a mim, e disse que ia me matar, eu rapidamente corri do quarto gritando por ajuda, ele continuou correndo atrás de mim até a porta de saída do hotel, quando ele chegou na porta, soltou a faca e caiu no chão. Eu voltei correndo para ver o que tinha acontecido, e quando eu cheguei ele estava morto. Eu não sabia o que fazer e nem entendi o que estava acontecendo. Foi quando a faxineira que sempre olhava o meu pai desconfiada chegou e me falou:
- Afaste-se dele menino, seu pai já está morto faz tempo!
- O que?! Como assim?! Ele acabou de cair no chão e morreu!
- Escute menino, aquele quarto que vocês estavam é assombrado. Há algum tempo atrás tinha uma mulher que morava naquele quarto. Ela gostava muito desse lugar, principalmente daquele cômodo. Ela sempre o elogiava muito, dizia várias vezes que era o único lugar em que podia ter algum sossego mental. Era o único lugar onde ela podia descansar após um longo dia de trabalho estressante. Ela dizia até que se tivesse dinheiro suficiente, compraria o quarto só para ela para nunca ter que se mudar. Ela realmente o amava. Ela também tinha um filho de três anos de idade, que passava o dia todo na creche, que ficava perto do seu trabalho, essas eram as duas coisas que ela mais amava seu filho e aquele lugar que ela tinha para descansar após o trabalho, que por sinal, era a coisa que ela mais odiava na vida. Ganhava pouco, apenas o suficiente para pagar o hotel, a creche do filho...apenas o básico. Certo dia ela recebeu uma ligação, sendo informada de que seu filho tinha morrido. Ela ficou muito triste, e logo após o enterro do filho, ela voltou para o quarto do hotel, olhou ao redor, e se matou. Antes do suicídio, ela deixou um bilhete em cima da cabeceira da cama dizendo ''Esse quarto sempre será meu'', e seu espírito ficou no quarto até hoje. O que aconteceu foi que o espírito da mulher possuiu o corpo do seu pai, e o matou logo em seguida, pois não queria ninguém no seu quarto. Provavelmente seu pai já está morto à semanas.
Depois de saber de tudo isso, eu fiquei horrorizado, fiquei com muito medo de ela querer me matar também, e só ai eu entendi o porque que'' o meu pai'' olhava para mim com tanta raiva. Eu rapidamente fui em direção a porta de saída daquele hotel com a intenção de nunca mais voltar, mas quando eu já estava saindo, a faxineira tocou no meu ombro, e quando eu virei, ela olhou para mim e disse ''agora é a sua vez'' e me esfaqueou no peito.
Diante dessa situação eu senti uma dor horrível e angustiante, minha visão escureceu completamente e do nada eu acordei, ainda na minha antiga casa, na minha cama, e então percebi que tudo aquilo não tinha passado de um sonho, ou melhor, de um pesadelo, e esse foi o pior que eu já tive. Assim que eu acordei, eu corri para a cozinha e senti uma alegria, e um alívio muito grande ao mesmo tempo, ao ver que minha mãe estava viva, e estava fazendo o café da manhã, e meu pai também estava vivo, me dizendo ''Bom dia'', e me olhando com um grande sorriso no rosto.
Mas...eu sentia que algo não estava certo.
A Casa De Campo
Era uma noite de sexta-feira de inverno, o frio não era muito mas algumas pessoas usavam casacos pesados. Carol sentia o ar gostoso no rosto pela janela do carro, apesar de gostar mais de calor o frio a estava fazendo bem esse ano. Ela, seu marido Roger e o filho adolescente Alex estavam viajando para uma casa de campo que tinham alugado para passar o fim de semana.
“O que é aquilo?” – perguntou ele apontando para o horizonte.
“Não estou vendo nada.” – respondeu Carol.
“Acho que é uma pessoa andando na estrada, que coisa louca. Vou passar devagar para evitar que...”
Ele foi interrompido por um estrondo de algo se chocando contra o para brisa. Roger agiu rápido e freou com força, por alguns instantes perdeu o controle do carro que girou algumas vezes até parar.
Desceu do carro e correu em direção ao objeto com que ele havia chocado. Olhou pro chão e se deparou com um abutre nojento que já estava morto. Ele sentiu um calafrio estranho olhando o animal. Voltou para o carro, a mulher e o filho passavam bem e ninguém se machucou. O para brisa do carro estava todo trincado, mas era somente isso. Olhou novamente para onde havia visto a pessoa andando mas não viu nada.
Seguiram a viagem por duas horas até que chegaram ao lugar. A primeira coisa que os três notaram foram as árvores do lugar, elas não tinham folhas, era pura madeira.
“Lugarzinho tenebroso, nas fotos do site parecia muito melhor” – disse Roger olhando ao redor.
“Nossa, vamos embora ta me dando calafrio só de olhar pra esse lugar, dois dias aqui vão ser longos!” – exclamou Alex.
“Já pagamos pelo lugar agora vamos ficar, deixem de ser medrosos.” – Disse Carol já destrancando a porta da casa. “Se vocês não gostaram do lado de fora esperem até ver esse lixo, até eu quero ir embora.” – reclamou ela.
Roger entrou e entendeu a indignação da mulher, a casa por dentro fedia, a mobília velha e podre e as paredes estavam todas manchadas de tinta de cores diferentes. O piso era de cimento vermelho e todo rachado. Os três decidiram ir embora e entraram no carro que no momento da partida estourou alguma coisa no motor e saiu fumaça na frente do carro. O medo tomou conta dos três, de noite, no meio do nada e sem carro para sair dali era tudo que eles não queriam.
“Vamos descer estamos presos aqui pela noite, amanhã eu pego uma carona até a cidade mais próxima e procuro um mecânico.” – disse Roger já abrindo a porta do carro.
Depois de algumas horas de tédio todos foram dormir. No meio da noite Alex acorda e sente que alguém estava se deitando em sua cama, o escuro era total e não podia enxergar nada. Ele perguntou quem era, mas a pessoa ficou calada. Sentiu uma mão tocar seu rosto e ele se apavorou, o medo era tanto que ele não podia respirar, sabia que aquela mão não era de seus pais, mas estava com muito medo para reagir.
“Tão macia e limpa sua pele, isso vai acabar.” – disse a pessoa que estava deitada com ele.
Pela voz Alex percebeu que era uma mulher e muito velha. Ele sentiu a adrenalina subir e então acendeu vela do lado da sua cama. Quando se voltou para ver quem era a imagem o aterrorizou, a mulher era realmente velha, e no lugar dos olhos estavam somente os buracos. Alex gritou e segundos depois seus pais entraram no quarto. Eles viram a mulher na cama, Carol quase desmaiou e Roger gritava e tremia.
“Vamos sair da casa.” – gritou Roger.
Os três correram para a sala de entrada mas pararam quando entraram. Bloqueando a porta de saída estava a velha e dois homens mais jovens, também sem olhos e pele acinzentada, vestindo trapos velhos e sujos.
“O que vocês querem?” – Gritou Carol.Um dos homes apontou para cima. Os três olharam e se viram pendurados no teto pelo pescoço, enforcados e mortos. Alex começou a chorar e abraçou os pais.
“Não tenha medo filho.” – disse o pai puxando uma corrente que tinha em seu pescoço.
Roger estendeu sua mão mostrando o pingente da corrente que usava. A velha gritou, sua boca abriu como se ela fosse engoli-los e do vazio onde seria seus olhos saia fogo. Os dois homens estavam grunhindo e correram para traz da velha que por sua vez continuava abrindo a boca.
Os três começaram a andar em direção à porta principal. Roger continuava com a mão estendida mostrando o pequeno talismã e os fantasmas iam se afastando na direção oposta. A velha soltou um berro de ódio e milhares de abelhas começaram a sair de sua boca rodeando a família, porém nenhuma foi capaz de tocá-los então Alex abriu a porta e saiu da casa.
“Meu Deus.” – exclamou o rapaz.
Quando todos olharam para fora puderam ver centenas de fantasmas, não eram pessoas más, eram prisioneiros dos fantasmas perversos que os atormentavam. Carol lamentou pelas almas mas não havia nada que pudessem fazer. Continuaram caminhando cercados de abelhas e espíritos até a cerca que dividia a casa com o resto do lugar, os três fantasmas sempre seguindo eles gritando e tentando alcançá-los. Quando passaram pela cerca o silêncio tomou conta do lugar, o único que escutavam vinha dos grilos e do vento. Olharam para trás e o lugar estava vazio, a única coisa que viram era seu carro.
“Deixa esse carro velho ai.” – disse Roger sorrindo para a mulher.
“O que é isso que você tem ai?” – perguntou Alex apontando a corrente do pai.
“Eu visitei uma tribo indígena com meu pai quando eu era criança, quando estava indo embora, o líder da tribo pediu ao meu pai que eu participasse de uma cerimônia. Meu pai deixou e eu dancei e comi com eles, no final ele me deu esse talismã de madeira e me disse que era um protetor de maus espíritos e que eu deveria usar sempre que saísse da cidade.
Enquanto saiam da propriedade dois olhos flamejantes os observavam pela janela de dentro casa. O único que a velha podia fazer era esperar por novos visitantes.
Quando chegaram à cidade mais próxima comentaram do acontecido com alguns dos moradores e eles disseram que aquela casa era de uma bruxa que foi queimada na fogueira pelos moradores da região a mais de trezentos anos atrás e seu espírito ainda continuava lá espalhando a maldade pelo lugar, ninguém se atreve a entrar lá então o local fica abandonado. Dizem que se você passa por lá de noite pode ver a velha bruxa dentro da casa te convidando para entrar.
“O que é aquilo?” – perguntou ele apontando para o horizonte.
“Não estou vendo nada.” – respondeu Carol.
“Acho que é uma pessoa andando na estrada, que coisa louca. Vou passar devagar para evitar que...”
Ele foi interrompido por um estrondo de algo se chocando contra o para brisa. Roger agiu rápido e freou com força, por alguns instantes perdeu o controle do carro que girou algumas vezes até parar.
Desceu do carro e correu em direção ao objeto com que ele havia chocado. Olhou pro chão e se deparou com um abutre nojento que já estava morto. Ele sentiu um calafrio estranho olhando o animal. Voltou para o carro, a mulher e o filho passavam bem e ninguém se machucou. O para brisa do carro estava todo trincado, mas era somente isso. Olhou novamente para onde havia visto a pessoa andando mas não viu nada.
Seguiram a viagem por duas horas até que chegaram ao lugar. A primeira coisa que os três notaram foram as árvores do lugar, elas não tinham folhas, era pura madeira.
“Lugarzinho tenebroso, nas fotos do site parecia muito melhor” – disse Roger olhando ao redor.
“Nossa, vamos embora ta me dando calafrio só de olhar pra esse lugar, dois dias aqui vão ser longos!” – exclamou Alex.
“Já pagamos pelo lugar agora vamos ficar, deixem de ser medrosos.” – Disse Carol já destrancando a porta da casa. “Se vocês não gostaram do lado de fora esperem até ver esse lixo, até eu quero ir embora.” – reclamou ela.
Roger entrou e entendeu a indignação da mulher, a casa por dentro fedia, a mobília velha e podre e as paredes estavam todas manchadas de tinta de cores diferentes. O piso era de cimento vermelho e todo rachado. Os três decidiram ir embora e entraram no carro que no momento da partida estourou alguma coisa no motor e saiu fumaça na frente do carro. O medo tomou conta dos três, de noite, no meio do nada e sem carro para sair dali era tudo que eles não queriam.
“Vamos descer estamos presos aqui pela noite, amanhã eu pego uma carona até a cidade mais próxima e procuro um mecânico.” – disse Roger já abrindo a porta do carro.
Depois de algumas horas de tédio todos foram dormir. No meio da noite Alex acorda e sente que alguém estava se deitando em sua cama, o escuro era total e não podia enxergar nada. Ele perguntou quem era, mas a pessoa ficou calada. Sentiu uma mão tocar seu rosto e ele se apavorou, o medo era tanto que ele não podia respirar, sabia que aquela mão não era de seus pais, mas estava com muito medo para reagir.
“Tão macia e limpa sua pele, isso vai acabar.” – disse a pessoa que estava deitada com ele.
Pela voz Alex percebeu que era uma mulher e muito velha. Ele sentiu a adrenalina subir e então acendeu vela do lado da sua cama. Quando se voltou para ver quem era a imagem o aterrorizou, a mulher era realmente velha, e no lugar dos olhos estavam somente os buracos. Alex gritou e segundos depois seus pais entraram no quarto. Eles viram a mulher na cama, Carol quase desmaiou e Roger gritava e tremia.
“Vamos sair da casa.” – gritou Roger.
Os três correram para a sala de entrada mas pararam quando entraram. Bloqueando a porta de saída estava a velha e dois homens mais jovens, também sem olhos e pele acinzentada, vestindo trapos velhos e sujos.
“O que vocês querem?” – Gritou Carol.Um dos homes apontou para cima. Os três olharam e se viram pendurados no teto pelo pescoço, enforcados e mortos. Alex começou a chorar e abraçou os pais.
“Não tenha medo filho.” – disse o pai puxando uma corrente que tinha em seu pescoço.
Roger estendeu sua mão mostrando o pingente da corrente que usava. A velha gritou, sua boca abriu como se ela fosse engoli-los e do vazio onde seria seus olhos saia fogo. Os dois homens estavam grunhindo e correram para traz da velha que por sua vez continuava abrindo a boca.
Os três começaram a andar em direção à porta principal. Roger continuava com a mão estendida mostrando o pequeno talismã e os fantasmas iam se afastando na direção oposta. A velha soltou um berro de ódio e milhares de abelhas começaram a sair de sua boca rodeando a família, porém nenhuma foi capaz de tocá-los então Alex abriu a porta e saiu da casa.
“Meu Deus.” – exclamou o rapaz.
Quando todos olharam para fora puderam ver centenas de fantasmas, não eram pessoas más, eram prisioneiros dos fantasmas perversos que os atormentavam. Carol lamentou pelas almas mas não havia nada que pudessem fazer. Continuaram caminhando cercados de abelhas e espíritos até a cerca que dividia a casa com o resto do lugar, os três fantasmas sempre seguindo eles gritando e tentando alcançá-los. Quando passaram pela cerca o silêncio tomou conta do lugar, o único que escutavam vinha dos grilos e do vento. Olharam para trás e o lugar estava vazio, a única coisa que viram era seu carro.
“Deixa esse carro velho ai.” – disse Roger sorrindo para a mulher.
“O que é isso que você tem ai?” – perguntou Alex apontando a corrente do pai.
“Eu visitei uma tribo indígena com meu pai quando eu era criança, quando estava indo embora, o líder da tribo pediu ao meu pai que eu participasse de uma cerimônia. Meu pai deixou e eu dancei e comi com eles, no final ele me deu esse talismã de madeira e me disse que era um protetor de maus espíritos e que eu deveria usar sempre que saísse da cidade.
Enquanto saiam da propriedade dois olhos flamejantes os observavam pela janela de dentro casa. O único que a velha podia fazer era esperar por novos visitantes.
Quando chegaram à cidade mais próxima comentaram do acontecido com alguns dos moradores e eles disseram que aquela casa era de uma bruxa que foi queimada na fogueira pelos moradores da região a mais de trezentos anos atrás e seu espírito ainda continuava lá espalhando a maldade pelo lugar, ninguém se atreve a entrar lá então o local fica abandonado. Dizem que se você passa por lá de noite pode ver a velha bruxa dentro da casa te convidando para entrar.
A Virgem do Poço
Havia no Japão Feudal do século XVII uma bela jovem de nome Okiko. Essa jovem era serva de um Grande Senhor de Terras e Exércitos, seu nome era Oyama Tessan. Okiko que era de uma família humilde, sofria assédios diários de seu Mestre, mas sempre conseguia se manter longe de seus braços.
Cansado de tantas recusas, Tessan arquitetou um plano sórdido para que Okiko se entregasse à ele. Certo dia, Tessan entregou aos cuidados de Okiko uma sacola com 9 moedas de ouro holandesas -mas dizendo que havia 10 moedas- para que as guardasse por um tempo. Passado alguns dias, Tessan pediu que a jovem devolvesse as "10" moedas.
A donzela, ao constatar que só havia 9 moedas, ficou desesperada e contou as moedas várias vezes para ver se não havia algum engano. Tessan se mostrou furioso com o "sumiço" de uma de suas moedas, mas disse que se ela o aceitasse como marido, o erro seria esquecido. Okiko pensou a respeito e decidiu que seria melhor morrer do que casar com seu Mestre. Tessan furioso com tal repúdio, agarrou a jovem e a jogou no poço de seu propriedade. Okiko morreu na hora.
Depois do ocorrido, todas as noites, o espectro de Okiko aparecia no poço com ar de tristeza, pegava a sacola de moedas e as contava... quando chegava até a nona moeda, o espectro suspirava e desaparecia. Tessan assistia aquela melancólica cena todas as noites, e torturado pelo remorso, pediu ajuda à um amigo para dar um fim àquela maldição.
Na noite seguinte, escondido entre os arbustos perto do poço, o amigo de Tessan esperou a jovem aparecer para dar fim ao sofrimento de sua alma. Quando o fantasma contou as moedas até o 9, o rapaz escondido gritou: ...10!!! O fantasma deu um suspiro de alívio e nunca mais apareceu.
Essa Lenda Do Século XVIII, É Uma Das Mais Famosas Do Folclore Japonês.
Cansado de tantas recusas, Tessan arquitetou um plano sórdido para que Okiko se entregasse à ele. Certo dia, Tessan entregou aos cuidados de Okiko uma sacola com 9 moedas de ouro holandesas -mas dizendo que havia 10 moedas- para que as guardasse por um tempo. Passado alguns dias, Tessan pediu que a jovem devolvesse as "10" moedas.
A donzela, ao constatar que só havia 9 moedas, ficou desesperada e contou as moedas várias vezes para ver se não havia algum engano. Tessan se mostrou furioso com o "sumiço" de uma de suas moedas, mas disse que se ela o aceitasse como marido, o erro seria esquecido. Okiko pensou a respeito e decidiu que seria melhor morrer do que casar com seu Mestre. Tessan furioso com tal repúdio, agarrou a jovem e a jogou no poço de seu propriedade. Okiko morreu na hora.
Depois do ocorrido, todas as noites, o espectro de Okiko aparecia no poço com ar de tristeza, pegava a sacola de moedas e as contava... quando chegava até a nona moeda, o espectro suspirava e desaparecia. Tessan assistia aquela melancólica cena todas as noites, e torturado pelo remorso, pediu ajuda à um amigo para dar um fim àquela maldição.
Na noite seguinte, escondido entre os arbustos perto do poço, o amigo de Tessan esperou a jovem aparecer para dar fim ao sofrimento de sua alma. Quando o fantasma contou as moedas até o 9, o rapaz escondido gritou: ...10!!! O fantasma deu um suspiro de alívio e nunca mais apareceu.
Essa Lenda Do Século XVIII, É Uma Das Mais Famosas Do Folclore Japonês.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Jack O Estripador
Em 1888, o East End de Londres era um local assombroso. Casas de ópio e bordéis dividiam o espaço apertado dos quarteirões com residências. Moradores bêbados saíam dos bares direto para as ruas onde crianças brincavam. A violência era comum e os pedidos de ajuda normalmente não eram atendidos
As condições de vida no East End refletiam a pobreza de seus habitantes. Havia pouco acesso à água tratada e doenças como a tuberculose e a difteria se espalhavam facilmente. Algumas mulheres se envolviam em prostituição para complementar a renda de suas famílias. Era um lugar desolador, deprimente e, muitas vezes, ameaçador para se viver.
Isso tudo só torna mais significante que no outono daquele ano tenha sido cometida uma série de assassinatos tão brutais que se destacaram nitidamente mesmo naquele cenário sombrio, a ponto de chamarem a atenção do mundo inteiro. No distrito de Whitechapel, no East End, várias prostitutas foram assassinadas. As cenas dos crimes constituíam um palco assustador; os cadáveres brutalizados mostravam alto grau de perversão. O assassino era um colecionador que pegava órgãos das vítimas como troféus. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de assassinatos deu um nome a esse monstro: Jack, o Estripador.
A cidade foi invadida pela desconfiança e pelo medo. Embora dezenas de suspeitos tenham sido pegos, a polícia não foi capaz de capturar o assassino. Comitês de justiceiros foram formados e as multidões tomaram como hábito caçar pessoas pelas ruas. E então, subitamente, os assassinatos pararam. Apesar de mais três anos de investigação, a polícia nunca descobriu a verdadeira identidade de Jack, o Estripador. O caso não resolvido foi oficialmente encerrado em 1892, mas o interesse pelos assassinatos nunca diminuiu. Uma forte cultura de criminólogos amadores, conhecidos como estripadorólogos, foi cultivada pelo persistente mistério de Jack, o Estripador.
Vitimas De Jack O Estripador:
Annie Chapman
Era uma viúva alcoólatra de 47 anos que se sustentava parcialmente com a prostituição após a morte do marido. Ela foi vista com vida pela última vez no dia 8 de setembro de 1888, às 5h30 na Hanbury St., com um homem descrito como "um cavalheiro desarrumado" . Alguns minutos depois, outra testemunha ouviu uma mulher soltar um grito abafado de "Não!" por trás da cerca entre seu jardim e a 29 Hanbury St., seguido de um baque contra a cerca . Menos de meia hora depois, um morador do local encontrou o cadáver de Chapman. Chapman foi encontrada com os pés empurrados em direção ao seu corpo, com os joelhos no ar e separados. Sua garganta foi cortada profundamente da esquerda para a direita e sua língua inchada sugeria que a causa da morte havia sido estrangulamento. O abdome de Chapman foi cortado e deixado aberto - seus intestinos foram removidos e colocados no seu ombro. Uma parte da genitália, bem como seu útero e sua bexiga foram retirados. A exatidão das incisões sugere que o assassino tivesse algum conhecimento sobre anatomia.
Elizabeth Stride
Na noite em que encontrou Jack, o Estripador, Stride tinha 45 anos e havia bebido um pouco antes. Stride ocasionalmente se envolvia em prostituição, mas pouco antes de morrer havia sido vista recusando uma proposta. Ela foi vista pela última vez em um domingo, 30 de setembro de 1888, à 00h35, falando com um homem com um pacote embrulhado em jornal. Cerca de 25 minutos depois, ela foi encontrada em Dutfield's Yard, um beco escuro da Rua Berner. Suas pernas foram empurradas em direção ao corpo - joelhos no alto - com um lenço amarrado no pescoço. A garganta de Stride foi profundamente cortada no lado esquerdo, com uma incisão menor à direita. A temperatura do corpo e a ausência de mutilações sugerem que o Estripador pode ter sido interrompido pelo homem que descobriu o cadáver
Mary Jane Kelly
Diferentemente das vítimas anteriores, Kelly, aos 25 anos, era jovem e considerada atraente. Porém, como as outras, ela era uma prostituta e conhecida por beber. Ela foi a única vítima canônica a ser assassinada em um ambiente interno. Com essa privacidade, o Estripador criou a sua obra mais repugnante.
Kelly foi vista viva pela última vez na sexta-feira, 9 de novembro, depois das 2h00, entrando em seu apartamento, em Miller Court, acompanhada por um homem de bigode e que carregava um pacote. Às 10h45, o locatário entrou no apartamento de Kelly para receber o aluguel e encontrou o seu corpo. Ela estava deitada parcialmente vestida em uma camisola, com os pés recolhidos em direção ao corpo, joelhos dobrados para cada lado e as pernas abertas na já conhecida forma em que o Estripador deixava suas vítimas. Kelly foi a mais mutilada das vítimas do Estripador; seu rosto estava praticamente destruído, tendo sido cortado e apunhalado repetidamente, sendo que alguns traços foram inteiramente removidos. Sua garganta foi cortada tão profunda e violentamente que até mesmo suas vértebras tinham marcas de faca. Seus seios, bem como seus órgãos e entranhas foram empilhados embaixo de sua cabeça e ao longo de seu corpo. Pedaços de carne tirados da barriga e das coxas foram colocados no criado-mudo ao lado de sua cama. Parte do seu coração estava faltando e havia evidências de que um machado havia sido usado no crime, juntamente com uma longa faca afiada .
Algumas pessoas acreditam que o Estripador matou mais do que as vítimas canônicas de agosto a novembro de 1888. Torsos femininos foram descobertos durante os meses e anos após os assassinatos do Estripador, e uma possível vítima foi assassinada na Cidade de Nova Iorque. Existem diversas outras vítimas cujos ferimentos combinavam com a técnica usada pelo Estripador, mas elas não estão incluídas entre as vítimas canônicas. O caso de uma prostituta brutalmente morta, Martha Tabram, alcançou alguma aceitação como um possível sexto assassinato canônico. Tabram também era uma prostituta alcoólatra e foi assassinada em 7 de agosto de 1888 - o que a faria a primeira vítima do Estripador. Tabram foi encontrada com as pernas abertas e com 39 facadas, concentradas principalmente em seu abdome e em suas virilhas .
As condições de vida no East End refletiam a pobreza de seus habitantes. Havia pouco acesso à água tratada e doenças como a tuberculose e a difteria se espalhavam facilmente. Algumas mulheres se envolviam em prostituição para complementar a renda de suas famílias. Era um lugar desolador, deprimente e, muitas vezes, ameaçador para se viver.
Isso tudo só torna mais significante que no outono daquele ano tenha sido cometida uma série de assassinatos tão brutais que se destacaram nitidamente mesmo naquele cenário sombrio, a ponto de chamarem a atenção do mundo inteiro. No distrito de Whitechapel, no East End, várias prostitutas foram assassinadas. As cenas dos crimes constituíam um palco assustador; os cadáveres brutalizados mostravam alto grau de perversão. O assassino era um colecionador que pegava órgãos das vítimas como troféus. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de assassinatos deu um nome a esse monstro: Jack, o Estripador.
A cidade foi invadida pela desconfiança e pelo medo. Embora dezenas de suspeitos tenham sido pegos, a polícia não foi capaz de capturar o assassino. Comitês de justiceiros foram formados e as multidões tomaram como hábito caçar pessoas pelas ruas. E então, subitamente, os assassinatos pararam. Apesar de mais três anos de investigação, a polícia nunca descobriu a verdadeira identidade de Jack, o Estripador. O caso não resolvido foi oficialmente encerrado em 1892, mas o interesse pelos assassinatos nunca diminuiu. Uma forte cultura de criminólogos amadores, conhecidos como estripadorólogos, foi cultivada pelo persistente mistério de Jack, o Estripador.
Vitimas De Jack O Estripador:
Annie Chapman
Era uma viúva alcoólatra de 47 anos que se sustentava parcialmente com a prostituição após a morte do marido. Ela foi vista com vida pela última vez no dia 8 de setembro de 1888, às 5h30 na Hanbury St., com um homem descrito como "um cavalheiro desarrumado" . Alguns minutos depois, outra testemunha ouviu uma mulher soltar um grito abafado de "Não!" por trás da cerca entre seu jardim e a 29 Hanbury St., seguido de um baque contra a cerca . Menos de meia hora depois, um morador do local encontrou o cadáver de Chapman. Chapman foi encontrada com os pés empurrados em direção ao seu corpo, com os joelhos no ar e separados. Sua garganta foi cortada profundamente da esquerda para a direita e sua língua inchada sugeria que a causa da morte havia sido estrangulamento. O abdome de Chapman foi cortado e deixado aberto - seus intestinos foram removidos e colocados no seu ombro. Uma parte da genitália, bem como seu útero e sua bexiga foram retirados. A exatidão das incisões sugere que o assassino tivesse algum conhecimento sobre anatomia.
Elizabeth Stride
Na noite em que encontrou Jack, o Estripador, Stride tinha 45 anos e havia bebido um pouco antes. Stride ocasionalmente se envolvia em prostituição, mas pouco antes de morrer havia sido vista recusando uma proposta. Ela foi vista pela última vez em um domingo, 30 de setembro de 1888, à 00h35, falando com um homem com um pacote embrulhado em jornal. Cerca de 25 minutos depois, ela foi encontrada em Dutfield's Yard, um beco escuro da Rua Berner. Suas pernas foram empurradas em direção ao corpo - joelhos no alto - com um lenço amarrado no pescoço. A garganta de Stride foi profundamente cortada no lado esquerdo, com uma incisão menor à direita. A temperatura do corpo e a ausência de mutilações sugerem que o Estripador pode ter sido interrompido pelo homem que descobriu o cadáver
Mary Jane Kelly
Diferentemente das vítimas anteriores, Kelly, aos 25 anos, era jovem e considerada atraente. Porém, como as outras, ela era uma prostituta e conhecida por beber. Ela foi a única vítima canônica a ser assassinada em um ambiente interno. Com essa privacidade, o Estripador criou a sua obra mais repugnante.
Kelly foi vista viva pela última vez na sexta-feira, 9 de novembro, depois das 2h00, entrando em seu apartamento, em Miller Court, acompanhada por um homem de bigode e que carregava um pacote. Às 10h45, o locatário entrou no apartamento de Kelly para receber o aluguel e encontrou o seu corpo. Ela estava deitada parcialmente vestida em uma camisola, com os pés recolhidos em direção ao corpo, joelhos dobrados para cada lado e as pernas abertas na já conhecida forma em que o Estripador deixava suas vítimas. Kelly foi a mais mutilada das vítimas do Estripador; seu rosto estava praticamente destruído, tendo sido cortado e apunhalado repetidamente, sendo que alguns traços foram inteiramente removidos. Sua garganta foi cortada tão profunda e violentamente que até mesmo suas vértebras tinham marcas de faca. Seus seios, bem como seus órgãos e entranhas foram empilhados embaixo de sua cabeça e ao longo de seu corpo. Pedaços de carne tirados da barriga e das coxas foram colocados no criado-mudo ao lado de sua cama. Parte do seu coração estava faltando e havia evidências de que um machado havia sido usado no crime, juntamente com uma longa faca afiada .
Algumas pessoas acreditam que o Estripador matou mais do que as vítimas canônicas de agosto a novembro de 1888. Torsos femininos foram descobertos durante os meses e anos após os assassinatos do Estripador, e uma possível vítima foi assassinada na Cidade de Nova Iorque. Existem diversas outras vítimas cujos ferimentos combinavam com a técnica usada pelo Estripador, mas elas não estão incluídas entre as vítimas canônicas. O caso de uma prostituta brutalmente morta, Martha Tabram, alcançou alguma aceitação como um possível sexto assassinato canônico. Tabram também era uma prostituta alcoólatra e foi assassinada em 7 de agosto de 1888 - o que a faria a primeira vítima do Estripador. Tabram foi encontrada com as pernas abertas e com 39 facadas, concentradas principalmente em seu abdome e em suas virilhas .
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